Por mais que não me lembre, nunca esquecerei...
as palavra ditadas debaixo de uma árvore, tentando aproveitar a luz fria da Lua, subestimando cada choro do céu, que encerrava a nossa Lição dia após dia.
Pode ter chovido tanto que acabamos com as Lições de vez. Agora sinto-me um tanto leiga, preciso de aprender mais, mas não há mais ditado, não há mais papel nem tinta nem pena... agora só há a enorme árvores, onde nos acolhíamos, à beira rio, a lama que nos impede de sentar, e a esplendorosa Lua e a sua luz maravilhosa e incandescente.
Talvez a chuva pare, mas se não parar irei juntar cada moeda de ouro para comprar uma folha de papel, um boião de tinta e a pena, mais tarde escreverei as palavras de saudade e enviarei a minha carta, selada a cera quente, para a Lua com todas as palavras que ela me ensinou quando não chovia de baixo da árvore.
Christelle.